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05 novembro 2011

Segurança na nuvem depende da gestão de processos

Crédito: ThinkPhoto
Na opinião de executivo da IDC, esse é um dos maiores entraves e que deve ser superado para a adoção do modelo de cloud computing nos países emergentes.

A falta de garantias de segurança dos dados nas nuvens públicas é o maior entrave ao seu desenvolvimento, de acordo com o vice-presidente-executivo da consultoria IDC, Philippe de Marcillac. Em declarações à COMPUTERWORLD de Portugal, após a sua apresentação no evento IDC Directions, o responsável considerou existirem ainda algumas questões técnicas por resolver. Mas mais importantes serão as deficiências em outra área: a gestão de processos, com impacto direto na segurança.
Marcillac explica que o modelo de negócio é novo e envolve outra entidade cujo trabalho passa por assegurar a segurança dos dados dos clientes. Neste contexto tem havido alguns casos de infortúnio. Entre os mais comuns, estão a fraca gestão de segurança, discos rígidos tratados com displicência ou entregues às pessoas erradas, e a venda de informação no mercado negro. Provavelmente, o problema será melhor resolvido se “os gestores dos fornecedores de serviço forem responsabilizados criminalmente pelas falhas de segurança”, sugere o executivo.
Marcillac admite que uma parte do mercado de cloud computing será das operadoras de telecomunicações. Mas elas, sobretudo as incumbentes, terão de mudar o estilo de gestão. Precisam mudar especialmente o modelo de administração, para não serem lentas na promoção das mudanças necessárias para a oferta dos serviços. “Não podem pensar que ainda são os reis do mercado”, sublinha.
Esse é um problema típico de mercados emergentes. Tendo em conta as agendas governamentais de modernização das economias emergentes, Marcillac acredita que haverá milhões de dólares para investir em infraestruturas, com impacto especial para a indústria das TIC, prevê o consultor. Mas o enfoque na modernização também deverá abranger a eficiência e integração de sistemas, aplicações e processos.
Além disso, a estratégia dessas economias assume as TICs como verdadeira indústria, procurando promover emprego e investimento em torno dela. Por isso, também prevê a abertura de centros de inovação.
Marcillac considera haver oportunidades em áreas como a da segurança e das aplicações, incluindo “business analytics”. A mobilidade também será fator de crescimento, e também a virtualização e a cloud – com o seu potencial de aceleração da adoção de tecnologias.
Na vertente legal, Marcillac prevê que haverá a tendência para proibir o armazenamento de dados em solo estrangeiro, havendo assim mais espaço para o surgimento de fornecedores locais. Os receios de perda de controle estão muito presentes e a posse dos ativos de TIC é muito importante.
O acesso à rede é por vezes restringido por questões políticas. Acrescem ainda problemas de largura de banda e latência. Em muitas regiões o fornecimento de energia nem sempre é estável. E em muitas economias emergentes o financiamento do universo cloud pode faltar.
Haverá um especial interesse em modelos de clouds privadas, para promover um maior dinamismo das TI nas economias emergentes mais maduras, segundo Marcillac. Nas outras, o objetivo é mais suportar aplicações de colaboração, BI, armazenamento e segurança.
Com exceção do modelo de Software as a Service (SaaS), nessas nações a cloud pública não tem sido uma aposta dos fornecedores, segundo Marcillac, que alerta para o surgimento relâmpago e a falência dos prestadores de serviços, cada vez mais comum, dado o baixo custo de entrada no mercado. Os melhores serão adquiridos por organizações maiores.
Fonte: João Nóbrega, da Computerworld/PT, 04 de novembro de 2011.

04 novembro 2011

Criptografia ajuda a vencer resistências relativas à Segurança da Nuvem

Quando se trata de proteger dados importantes armazenados na nuvem, além das barreiras de firewall, as empresas recorrem à criptografia. Segundo Hermán Armbruster, diretor de novos negócios para a América Latina da Trend Micro, muitas companhias admitem aderir à nuvem caso os provedores terceirizados ofereçam criptografia. "Muitos clientes estão aderindo à nuvem pública da Amazon já com a tecnologia de criptografia", diz Armbruster. A Trend Micro espera que as novas técnicas de segurança sejam responsáveis pela metade do crescimento do faturamento da empresa no Brasil. Leia mais sobre essa interessante matéria, clicando aqui. (Fonte: Valor Econômico, )

02 novembro 2011

Dia de Finados: valiosos bens digitais da nuvem agora em testamentos


Neste Dia de Finados, surge uma importante reflexão: você já pensou no valor da sua herança digital na nuvem? No Brasil, o conceito de herança digital ainda é pouco difundido, mas veja os impressionantes números do Reino Unido, segundo um estudo da Universidade de Londres:
  • 30% dos britânicos entrevistados consideram sua herança digital os acervos de músicas, livros, filmes, fotos e documentos que têm guardados on-line, em servidores na rede.
  • R$ 540 é o valor, em média, das posses de britânicos adultos guardadas em serviços na nuvem. O estudo estima que a soma total dos bens on-line dos britânicos seja igual a R$ 6,2 bilhões.
  • 11% dos entrevistados dizem que já colocaram ou planejam colocar em testamento os bens que armazenam apenas na nuvem.
Leia mais sobre esta matéria obtida por Maria Paula Barretto, noticiaagora WordPress.com, aqui. Fonte: Folha.com (02/11/2011- 07h00). Gráfico: Editoria de Arte/Folhapress

18 outubro 2011

Links sobre Segurança Cibernética:


Mais do que segurança, na nuvem é preciso confiança!
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A Segurança da Geração que Voa na Nuvem

A geração Y provocou a computação em nuvem – uma grande nuvem, que "não é passageira" e se expande na forma do e-universo social e corporativo da Internet, onde bilhões de internautas navegam e exigem conveniência e tempestividade. Esta juventude demanda uma segurança mais natural, menos invasiva. Este artigo foi publicado em dezenas de sites. Acesse a programação da CloudConf 2012 e obtenha os slides em PDF sobre o tema clicando aqui. Para acessar nosso artigo sobre este tema, clique em: A Segurança da Geração que Voa na Nuvem - Decision Report. A fim de facilitar sua leitura, ele foi transcrito a seguir.
A geração Y engloba os nascidos entre 1980 e 2000. É composta por uma juventude multitarefa e arrojada, que respira tecnologia em tudo o que vê e faz. São velozes e querem tudo muito mais rápido. Além disto, são impulsivos, impacientes, ansiosos e intensos.  Na opinião deste autor, o mundo já foi modificado de forma marcante por essa juventude. Com sua demanda por conveniência e tempestividade, a geração Y provocou o desenvolvimento da computação em nuvem. Novas demandas em cloud e em virtualização surgiram por conta dessa geração, pois a internet precisou aprender a se comunicar com esse público, que quer tudo para ontem.
 Em particular, a nuvem se desenvolve devido à elasticidade ágil, uma característica fundamental do novo modelo tecnológico de computação. Ela consiste no conjunto de capacidades que podem ser rápida e elasticamente provisionadas pela nuvem, em alguns casos automaticamente. Essa característica permite aumentar ou diminuir a utilização de recursos virtuais, de forma que pareçam ilimitados e possam ser adquiridos em qualquer quantidade, a qualquer hora, para se ajustarem às oscilações de demanda.
Isto reduz a ineficiência do modelo de computação tradicional, em que normalmente se projeta uma capacidade acima do uso normal, para garantir um desempenho aceitável em picos de demanda, pois depende de uma infraestrutura física, pré-existente – como a do centro de dados de uma empresa. Por isto, este modelo é limitado a uma escalabilidade que pode ser lenta e complexa de se obter, à medida que se aproxima dos limites de sua capacidade e disponibilidade de acesso.
Portanto, o modelo tecnológico da computação tradicional pode tornar-se incapaz de atender aos anseios da qualidade percebida pela geração Net. Em oposição, a elasticidade ágil da nuvem provê recursos virtuais, sob demanda e com gerenciamento mínimo. Esta característica é essencial para o crescimento da nuvem, pois permite às corporações satisfazerem às exigências desta nova geração, de modo adequado em custo benefício.
Mas a nuvem trás um nível adicional de riscos, diretamente associados à terceirização de serviços essenciais (serviços em nuvem). Isto exige atenção especial na observância aos princípios da segurança da informação: disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade, bem como na privacidade, no suporte e na conformidade.
Entretanto, a computação em nuvem traz benefícios relacionados ao fato de que, nela, não é necessário desenvolver controles internos de segurança nem capacitar pessoas. Neste novo modelo de prestação de serviços, é fundamental o estabelecimento de uma relação de confiança entre o cliente e o provedor. A transparência da forma como o provedor implementa, desenvolve e gerencia a segurança é fator decisivo para se atingir este objetivo. Outro importante desafio imposto à computação em nuvem é possibilitar o atendimento dos anseios da Geração Y.
Há, assim, o grande desafio de se oferecer uma nuvem que concilie segurança com mobilidade, interação e rapidez, para esse público que se insere cada vez mais no mercado. Ressalta-se que, no Brasil, 99,9% (46,7 milhões) dos internautas estão conectados em alguma rede social, segundo o comScore. O país possui o maior número de usuários de Orkut do mundo, além da 2ª maior audiência do YouTube, e a 3ª maior audiência do Twitter. Além disto, 36% dos internautas no Brasil fazem diariamente upload de fotos e vídeos, e 2,6 milhões atualizam blogs.
Como solução para permitir o acesso a redes sociais e demais canais de relacionamento da internet, com uma segurança ágil e ao mesmo tempo eficaz e alinhada aos anseios desta juventude, a biometria, os padrões comportamentais e a holografia podem apontar algumas saídas. Além disto, podem promover uma segurança não intrusiva, mais natural e menos invasiva.
O desafio maior é conciliar esta almejada segurança com as exigências de mobilidade e rapidez de resposta no acesso ao ambiente de computação em nuvem. Um problema fundamental é a identidade na rede, considerando a multiplicidade de canais existentes. Tais desafios precisam ser vencidos em tempo real, para se atender à demanda de inclusão digital e de comunicação dessa dinâmica geração. A conclusão a que se chega é a de que há evidências apontando a geração Y como responsável pelo crescimento da nuvem, ou seja, de que “a Geração Y provocou a computação na nuvem”.
Bons ventos, Paulo Pagliusi